quarta-feira, 31 de agosto de 2011

As "panderetas" nas festas...



As festas do Povo











Detalhes da minha infância... O Azeite

Instrumentos da apanha do bago milagroso..

Os sapatoss... conheço tão bem...


A saia como era apanhada....como me lembro...

chapéu de cerimónia ...

A trouxa de cerapilheira do conduto...

O Bolso lindissimo...
Hino ao Azeite



        Fio de vida, sou!
Nas escarpas ou nas planícies, nas terras chãs, ou nas encostas íngremes, vive, generosa e sem idade, a árvore que me dá origem.

Ela, a árvore, às entranhas da terra vai buscar as seivas que, subindo, lhe correm por veias e veios, matéria-prima à procura de elaboração e de acabamento final.

É o sol, são as brisas e as brumas, as gotas de cintilantes orvalhos, o calor e o frio, a mão do Homem e o Dom de Deus, que me encarceram em redondos e negros frutos, que amadurecem quando os Invernos caem.

Então, alegres ranchos os colhem, homens os transportam aos tormentos das mós e à tortura das prensas.

Das massas se soltam, agora, as lágrimas de ouro, libertadas, enfim, das águas biológicas que as originaram e que, juntando-se em incontáveis rosários, formam espessos e amarelos mantos.

Nasci!

Sagrado, me encontro nos templos, alumiando os espaços, saúdo em cada ano a vinda do redentor menino.

Sou bálsamo para as chagas dos corpos e para os males das almas. Votivas promessas me elevam aos altares dos deuses.

Profano, alegro paladares, sou alimento e condimento, frescura e odor.

Fonte de saúde, fio de vida, sou!